domingo, 14 de novembro de 2010

Geração de renda no Quilombo

A sobrevivência das famílias do Quilombo de Ivaporunduva é conseguida com o cultivo tradicional de roça: arroz, mandioca, milho, feijão, verduras e legumes para uso próprio. Para o consumo e geração de renda produzem banana orgânica e artesanato, recebem grupos escolares para turismo, além de algumas pessoas que são funcionárias da prefeitura e aposentadas.

    
        Produção de Mandioca no Quilombo Ivaporunduva.
                                                             Artesanato no Quilombo.


Produção e comercialização de banana orgânica:

        A banana é uma cultura tradicional da comunidade. Até o final de 2001 a venda da produção era feita a atravessadores. Nesse ano, através do Projeto de Gestão Ambiental Participativa e Desenvolvimento Econômico no Quilombo de Ivaporunduva, em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA) e financiamento do PDA, do Ministério do Meio Ambiente, foi conseguida a infra-estrutura necessária para a comercialização direta pela Associação e certificação orgânica da produção.
                             

          Essa produção tem conquistado mercado em diversos municípios de São Paulo. Está sendo finalizada uma unidade de processamento para produção de banana passa.


Flora- Palmito Juçara

A Mata Atlântica é um dos biomas com maior biodiversidade no Brasil e no mundo. O Petar possui cerca de 36.000 hectares desse bioma muito bem preservado. Durante as trilhas podemos observar árvores de grande porte. Ainda podemos observar com facilidade alguma das árvores em extinção, como o Palmito Juçara e o Xaxim.


                                             
O palmito Juçara, árvore que está na lista de extinção, é muito importante na cadeia alimentar de vários animais que vivem na floresta, como os tucanos, as arapongas.

                                   

O Palmito-juçara é uma espécie endêmica da Mata Atlântica, é considerada em extinção após décadas de exploração desordenada. A comunidade está realizando plantios em uma área de 200 ha. do territorio da comunidade para que seja feito um manejo sustentavel do palmito, semente e polpa em alguns anos.

                        
O Palmito juçara desenvolve-se na sombra de outras árvores e tem três fases de crescimento. O tempo desde a germinação até a planta adulta varia de 8 a 15 anos e em média de 50 sementes que germinam, só uma chega à fase adulta. O Juçara depois de cortado não rebrota. Hoje, dependendo da área onde é extraído e se não houver autorização legal, pode ser considerado crime ambiental.

                                               

Flora do Petar



 A região permite a sobrevivência de espécies típicas de matas íntegras, como canelas, cedros , figueira, jatobás , bucúvas ..

 Ainda, resultante do bom estado de conservação das matas, encontram-se nestas Unidades de Conservação remanescentes de palmito-juçara , considerada espécie-chave na cadeia alimentar da Mata Atlântica, responsável, através de sua grande quantidade de frutos, pela alimentação de vários animais na floresta.


  Grande parte de sua extração é ilegal, e esta espécie tem desaparecido das matas não protegidas. Importante também no equilíbrio desta floresta, é a rica variedade de bromélias e orquídeas que colonizam os troncos e copas de árvores abundantes de folhas e ramos , sendo lar para vários tipos de invertebrados e anfíbios, que alimentam grande parte da fauna regional.

Caverna Morro Preto



A caverna Morro Preto está localizada no Núcleo Santana, bem próxima da caverna Santana e da Couto. O que se destaca é sua bela entrada e seu tamanho.. Esta caverna tem um dos mais belos pórticos de entrada de caverna do Petar.
A visão do fundo da caverna para a entrada com a luz solar por trás das formações (estalactites e colunas).
Ela possui na sua entrada vária estalactites gigantescas apontados para a saída da caverna e uma gigantesca coluna um pouco mais atrás. Essa coluna é formada pela dissolução do calcário. Sua entrada mede aproximadamente 20 metros de altura. Entrando na caverna observa-se que em tempos remotos houve um grande desmoronamento. Em sua boca foi encontrado vestígios que ela servia de abrigo para o homem primitivo.
                                                                       

 

sábado, 13 de novembro de 2010

Caverna Água Suja

Para chegar à caverna, seguimos pela trilha do Betari, onde temos um grande contato com a mata e atravessamos o rio Betari.

No caminho deparamos com uma enorme raiz.
















Diferente da Santana, não possui nenhuma passarela ou qualquer adaptação  para o turista. Seu trajeto é feito na maior parte do tempo dentro do leito do seu rio. Em determinados locais aparecem pequenos lagos com ate 1 metro de profundidade. O fim do roteiro turístico guarda uma surpresa muito apreciada, uma cachoeira de 3 metros de altura, um grande convite para uma relaxante hidromassagem. Mas na nossa visita, a cachoeira estava interditada por causa das chuvas, ou seja, o nível da água poderia subir.



Antigamente não usava lanternas para visitar as cavernas, e sim era usado o fogo para iluminar, uma espécie de “lampião”. Por isso é comum a diferença de cores nas pedras; algumas mais escuras e outras mais claras.



Caverna Santana



A caverna Santana é umas das maiores cavernas do estado de SP tendo mais de 5 km de extensão, mas seu circuito é de apenas 800 metros. No interior dessa caverna houve a construção de escadas e passarelas  para facilitar o trajeto.O turista pode ter uma aula de geologia e observar ao vivo, como se formam os vários tipos de espeleotemas (formações esculpidas na rocha pela ação da água da chuva)  cortinas, colunas, a pata de elefante, o chão de estrelas e até mesmo descobrir o  “segredo”.




A entrada da caverna foi dinamitada a muito tempo atrás, devido ao fato da
entrada original ser muito pequena e de difícil acesso para os praticantes do ecoturismo. Nessa caverna não esqueça de levar a máquina para registrar as belezas que se encontram ali, é fácil carregar pois não possui um circuito diretamente na água, as passarelas facilitam bastante.


terça-feira, 19 de outubro de 2010

Formação geológica das cavernas do Petar

A formação geológica do Petar é calcária,o calcário é formado por carapaças e ossos de animais marinhos, que foram se depositando no fundo do mar e com o tempo compactadas. Com o movimento das placas tectônicas, essas camadas de calcário emergiram dando origem ao que é hoje a formação geológica do Petar.
É possível comprovar, observando os indícios da caverna Santana (imagem abaixo) onde há áreas em que visualizamos lâminas, que são como “listras” na parede que foram resultado da compactação das carapaças e ossos dos animais marinhos, que vieram a emergir.

O calcário é uma rocha frágil à acidez. Dessa forma, um ácido leve o dissolve facilmente. E é a partir disso que as cavernas calcárias se formam.  Como o Petar é uma área de mata Atlântica, é característico da região que haja alta taxa de umidade, e devido a isso, ocorrem muitas chuvas. A água da chuva, ao entrar em contato com a mata Atlântica, mistura-se com o gás carbônico (CO2) gerando um ácido leve, chamado ácido carbônico (H²CO³). Ao chegar ao solo da mata Atlântica, a concentração desse ácido vai aumentando, pois como é rico em matéria orgânica, esse solo tem muitos fungos, bactérias e outros decompositores, que também liberam gás carbônico. Também são misturados com ácido carbônico, ácidos desses decompositores que potencializam a acidez. Quando esse ácido chegar no calcário, ocorrerá uma reação química e o calcário será dissolvido.
As cavernas calcárias são formadas principalmente por um mineral que se chama calcita (CaCO³). É a partir desse mineral que são formados os espeleotemas, que deixam a caverna calcária tão ornamentada. Os espeleotemas mais comuns são as estalactites e as estalagmites, mas existem outros como as cortinas, as pérolas sedimentares, as colunas, os cálices.
    - Foto da caverna Santana:

A água proveniente de chuva ou de rios abre pequenas frestas no calcário, e vão descendo até as cavernas. Junto desce a calcita dissolvida, gerando os espeleotemas. Ao gotejar, o CO2 se desprende, a calcita cristaliza dando origem a estalactites, ou estalagmites, ou se ficar muito tempo gotejando irá unir uma estalactite com uma estalagmite formando uma coluna.