terça-feira, 19 de outubro de 2010

Formação geológica das cavernas do Petar

A formação geológica do Petar é calcária,o calcário é formado por carapaças e ossos de animais marinhos, que foram se depositando no fundo do mar e com o tempo compactadas. Com o movimento das placas tectônicas, essas camadas de calcário emergiram dando origem ao que é hoje a formação geológica do Petar.
É possível comprovar, observando os indícios da caverna Santana (imagem abaixo) onde há áreas em que visualizamos lâminas, que são como “listras” na parede que foram resultado da compactação das carapaças e ossos dos animais marinhos, que vieram a emergir.

O calcário é uma rocha frágil à acidez. Dessa forma, um ácido leve o dissolve facilmente. E é a partir disso que as cavernas calcárias se formam.  Como o Petar é uma área de mata Atlântica, é característico da região que haja alta taxa de umidade, e devido a isso, ocorrem muitas chuvas. A água da chuva, ao entrar em contato com a mata Atlântica, mistura-se com o gás carbônico (CO2) gerando um ácido leve, chamado ácido carbônico (H²CO³). Ao chegar ao solo da mata Atlântica, a concentração desse ácido vai aumentando, pois como é rico em matéria orgânica, esse solo tem muitos fungos, bactérias e outros decompositores, que também liberam gás carbônico. Também são misturados com ácido carbônico, ácidos desses decompositores que potencializam a acidez. Quando esse ácido chegar no calcário, ocorrerá uma reação química e o calcário será dissolvido.
As cavernas calcárias são formadas principalmente por um mineral que se chama calcita (CaCO³). É a partir desse mineral que são formados os espeleotemas, que deixam a caverna calcária tão ornamentada. Os espeleotemas mais comuns são as estalactites e as estalagmites, mas existem outros como as cortinas, as pérolas sedimentares, as colunas, os cálices.
    - Foto da caverna Santana:

A água proveniente de chuva ou de rios abre pequenas frestas no calcário, e vão descendo até as cavernas. Junto desce a calcita dissolvida, gerando os espeleotemas. Ao gotejar, o CO2 se desprende, a calcita cristaliza dando origem a estalactites, ou estalagmites, ou se ficar muito tempo gotejando irá unir uma estalactite com uma estalagmite formando uma coluna.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Artesanato dos quilombolas


   Artesanato de palha de bananeira: para aproveitamento do caule da bananeira um grupo de 30 artesãos produzem: tapetes, jogos americanos, pulseiras, colares, cortinas.. E essa produção ajuda na geração de renda.

Localização do Quilombo Ivaporunduva



   O Quilombo de Ivaporunduva esta localizado no Município de Eldorado São Paulo, na SP 165, Eldorado/Iporanga, às margens do Rio Ribeira de Iguape. Composta por 80 famílias, a Comunidade de Ivaporunduva tem uma população de 308 pessoas, sendo 80 crianças, 195 adultos e 33 idosos.
   Com uma área de 3.158,11 há, o território do Quilombo de Ivaporunduva mantêm 80% de sua área coberta pela Mata Atlântica, com a grande riqueza de espécies vegetais e animais características dessa mata: canela, peroba, saiporco, mandigau, cedro rosa, figueira, aribá, ricurana, jacu, tucano, araponga, macuco, saripoca, sabia, tucaninho, veado, mono, paca, macaco, cotia, tatu, tamanduá, raposa, etc.
   O restante do território, coberto de pasto e de capoeira é utilizado para o cultivo e produção da comunidade no sistema de rodízio de capoeira. É muito rico em recursos hídricos, com várias nascentes, rios e córregos que o atravessam: Córrego Grande, do Manjolo, do Bracinho, da Maria Joana, Rodrigues e Rio Bocó.
 Foi reconhecido como quilombo em 1997, a partir de Relatório Técnico-Científico, elaborado pelo Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp). Em 2000 a comunidade recebeu o título de seu território. O registro em cartório está dependendo de regularizar a situação de terceiros.